O Alojamento Local no Pico já representa quase metade do número total de dormidas!
Atualmente, o conceito de arrendamento de curta duração a turistas assume-se como uma opção cada vez mais preponderante na escolha de quem viaja. Este conceito já deixou efetivamente a fase amadora e começa dia-após-dia a assumir-se como um dos principais setores de empreendedorismo, o que em conjunto com a “burocracia” inerente à sua exploração, obriga a que cada vez mais os proprietários se assumam como verdadeiros profissionais.
É também interessante verificar a
satisfação dos turistas em relação ao Alojamento Local, onde se destaca a
relação de proximidade entre os proprietários e os hóspedes. E ao contrário dos
Alojamentos Locais existentes no estrangeiro, é usual verificarmos que em
Portugal, os proprietários recebem e entregam pessoalmente as chaves da
habitação aos turistas, algo que só é possível dada a génese da nossa cultura e
arte de bem receber!
Na ilha do Pico, o Alojamento
Local não é exceção e assume-se cada vez mais como uma das principais
referências turísticas. Em 2016, foi responsável por quase metade do total de
dormidas na ilha, tendo inclusivamente ultrapassado nos meses de Julho e Agosto
as dormidas na Hotelaria Tradicional.
Se compararmos 2016 com o ano de 2015, verificamos um crescimento de mais de 19.000 dormidas, o que representa um crescimento aproximado de 92% (a Hotelaria Tradicional cresceu 14% e o Turismo Rural 20%). E o interessante é verificar que todos os indicadores económicos apontam para que ano após ano, essa predominância do Alojamento Local seja cada vez maior.
Se compararmos 2016 com o ano de 2015, verificamos um crescimento de mais de 19.000 dormidas, o que representa um crescimento aproximado de 92% (a Hotelaria Tradicional cresceu 14% e o Turismo Rural 20%). E o interessante é verificar que todos os indicadores económicos apontam para que ano após ano, essa predominância do Alojamento Local seja cada vez maior.
Se abordarmos os dois últimos
anos, 2016 e 2015, por serem os números que estão disponíveis no SREA,
verificamos que o turismo do Pico é sustentável e que recomenda-se nos moldes em
que se encontra. Com pequenas “unidades familiares” e personalizadas. Unidades
que os turistas recomendam, que evidenciam, e que acolhem a nossa arte de bem
receber como um “ultrapassar” das suas expectativas na visita à ilha montanha.
É importante sermos capazes de
perceber o que temos para dar, evidenciar a nossa oferta e apresenta-la a quem
a quer viver.
Mas não serve apenas a nossa
vontade de “fazer” do Pico um local de turismo diferente, os corpos
governativos têm também essa obrigação, e os incentivos devem ser ajustados a
cada ilha para uma melhor eficiência da sua utilização. E sabendo que o turismo
é hoje um setor essencial e estratégico para a Região Autónoma dos Açores,
temos de ter o discernimento de saber desenhar e interpretar os apoios de uma
forma descentralizada das linhas do turismo de São Miguel, sob pena de que se
assim não for, possamos estar a impedir que as restantes ilhas desenvolvam este
setor de forma sustentável.
Excelente análise! Adicionei uma menção da mesma ao artigo "O Turismo nos Açores em 2016":
ResponderEliminarhttp://www.caisdopico.pt/2017/03/o-turismo-nos-acores-em-2016.html
Haja saúde!
Bom dia Ivo,
EliminarObrigado pela partilha e pelo comentário.
Um abraço