Ditadura democrática…


As questões levantam-se.

O tempo passa, aproximam-se as eleições e surge em nós a mais intrigante questão… 

O que realmente queremos?

Atualmente, não sabemos o que queremos, e quem julga que sabe deve ter sérias dúvidas sobre as certezas que ostenta. Nada é certo, e o que ouvimos vem de tal forma camuflado que nos coloca no cerne de todas as questões. 

Quem queremos?


Queremos sempre alguém que não existe, e “todos” os que existem aos nossos olhos aparentam não ser quem nos realmente interessa.
Estranhamente, surge a ideia de que o que queremos e pensamos ser importante não é de todo equacionado, as nossas perspetivas não são tidas em consideração. Criou-se um círculo inquebrável de tomada de decisões que não verga às pretensões da maioria dos habitantes/contribuintes.
O caso da TAP é a ideia chave deste conceito, a agressiva venda desta empresa mesmo após a decisão do tribunal ser negativa à sua concretização, demonstra a ideia de poder que quem nos governa julga ter!

Somos Livres?

A pergunta chave da nossa “quase democracia” é mesmo uma questão crucial que devemos colocar a nós mesmos. Seremos assim tão livres de tomar uma decisão inteiramente nossa, ou as decisões que tomamos são um mero conjunto de opções que nos “deram” a escolher como prémio da nossa liberdade?
A ideia da liberdade é demasiadamente vaga. A certeza porém, foi que nos libertaram das nossas amarras físicas de uma ditadura fascista, para aprisionarem a nossa capacidade de raciocínio independente. 
A modelagem do nosso intelecto tem sido de tal forma descarada, que quem a promove já nem se priva de nos demonstrar como aprisionam as mentes das nossas crianças. O exemplo flagrante é mesmo o caricato episódio ocorrido nas festividades do dia da criança no concelho de Portalegre, onde crianças simularam uma manifestação que gerou um motim com direito a “carga policial”!?!
E, se de certa forma conseguirmos conciliar as respostas a estas três questões, podemos de forma consciente tomar uma decisão sobre o futuro de todos nós!


E como disse Jean de La Bruyère
«Ser-se livre não é nada fazer, é ser-se o único árbitro daquilo que  se faz ou daquilo que não se faz».


 

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