E agora Europa?
Depois
de um período conturbado no relacionamento entre a Grécia e os restantes países
da União Europeia, os gregos decidiram voltar novamente a apostar no partido
Syriza. Porquê? Simplesmente porque a europa tal como hoje a conhecemos tem no cerne
da sua existência uma política de desigualdade e de exploração dos seus
parceiros mais fracos. O solidarismo apregoado no passado simplesmente
desvaneceu-se, sobrando entre os parceiros europeus, o simples sentimento de
desconfiança com que hoje nos deparamos.
Os gregos começam a dar o mote para o desmembramento da Europa, o elo de
ligação à União Europeia é cada vez menor e cada vez mais frágil. Os gregos
mostraram novamente que a europa está doente e que nos moldes em que hoje se
encontra é “imprópria para consumo”. A população quer uma mudança, quer algo
que os defenda e os represente de forma fiel. Contudo, a parte negativa deste
sentimento é o facto do aparecimento de forças “sobrenaturais” que os
encaminham para uma política fascista e ditatorial. É importante tentar
perceber que Europa é esta que os “remeteu” para uma votação massiva no partido
de Extrema Direita Neonazi - Aurora Dourada, e que chegou a atingir cerca de
6,3% dos votos!
O aparecimento destes movimentos são verdadeiros ultrajes ao verdadeiro significado de democracia, não nos podemos esquecer da história, e temos a obrigação de nos lembrarmos que a IIª Guerra Mundial, nasceu pelas mão de Adolf Hitler numa situação bastante idêntica... A europa está de braços dados com este problema, o movimento repentino dos migrantes e/ou refugiados fomentou um espírito que têm sido acompanhados por aparecimentos de comportamentos neonazis. A população europeia, muito devido ao medo do futuro, recusa-se a apoiar e muito menos a receber qualquer que seja o indivíduo que necessite de ajuda. Governos europeus tomam decisões que são simples atentados aos direitos humanos, veja o caso da Hungria e da sua autorização para que elementos do exercito possam disparar à vontade sobre qualquer “elemento migrante e/ou refugiado”!
Mas
voltando ao aspeto da Grécia, o povo votou em concordância com o passado, e
espera-se que o atual governo cumpra criteriosamente o que apregoou durante a
campanha eleitoral. É certo que sozinhos não conseguem, qualquer alteração
obriga a novas guerrilhas e a Europa, simplesmente tem a faca e o queijo na
mão. Por um lado, Alexis Tsipras, veio mostrar novamente os dentes aos
parceiros europeus e por outro lado, ao quebrar os elos de ligação com os seus
elementos da extrema esquerda, Tsipras mostra que se está a localizar no centro
governamental e, por mais que não queiramos, é por si só, também um sinal de
fraqueza para aqueles com quem vai travar duras batalhas.
Está
na hora de todos nós percebermos que a europa não é um país, é um conjunto de
países que devem ter a capacidade de “negociar” de forma justa e coerente as
posições individuais de cada estado membro dentro da Comunidade Europeia.
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