Precisamos é de um país totalmente novo!
Vivemos
numa era de estigmas e preconceitos que tendem a ser personificados, de pessoas
que se deslumbram com sensações imensuráveis de poder inexistente, de opressões
e discriminações para com pessoas que de tão iguais que são, demonstram uma
necessidade extrema de se mostrar diferentes. Vivemos numa era de reinar por
imposição do medo, da incerteza e do desrespeito. Vivemos numa era de mentiras
e injúrias, de difamações sociais e de momentos em que o valor da palavra vale
tanto como um simples e impetuoso suspiro, e isto é tão válido na vida pessoal
como na vida política.
Toda
uma Europa amedrontou um Estado Europeu com as suas promessas “democráticas” de
consequências que viriam das decisões de um referendo, ameaças diretas que
surgiram porque alguém se levantou e insurgiu contra as medidas abusivas
impostas a pessoas que merecem respeito, medias apresentadas por parte de uma
Comunidade Europeia já moribunda e incapaz de se autogovernar, mas medidas que
foram aplaudidas por todos aqueles que sem saberem do que se tratava,
transferiram os seus problemas para um outro culpado que não eles próprios.
Na
vida pessoal de cada um de nós o mesmo sucede todos os dias, as contestações
são vistas como um confronto de titãs e não como um debate ideológico de onde
se pode tirar as vantagens de tal diálogo. Cataloga-se cada pessoa mediante um estereótipo que pode
não ser o mais conveniente ou mais acertado, mas que impõe uma imagem que de
certo modo depois de aplicada dificilmente será capaz de ser corrigida. A
liberdade de lutar pelos nossos interesses tornou-se válida apenas para a luta
que não cause nenhum transtorno a mais ninguém...
Discutem-se
problemas para se desculparem dos resultados, mas por mais que se discuta, as
discussões nunca são motivo para se arranjar
soluções, são somente para se encontrar culpados!
Passámos
do “Procura-se Empregado” para “Trabalho procura-se”, do “Sou um Homem feliz
pois tenho um emprego não remunerado” ou mesmo do “Se não concordas tenho mais
de mil pessoas lá fora que estão mortinhos para te roubar o lugar”... E estranhamente são estas as frases mais ouvidas
num seio profissional, frases que não são sussurradas mas sim gritadas por
forma a serem ouvidas em todos os sete cantos, proferidas de modo a criar o
receio a todos aqueles que as escutem, colocando-os a rezar para que aquela
conversa não seja tida para consigo.
Os
problemas são visíveis, a economia não avança, não cresce, o respeito social é
perdido a cada minuto que passa, o conceito de comunidade morre simplesmente
pelo fato de já ninguém acreditar nele e, mais importante que tudo, o país
morre e simplesmente ninguém se preocupa (e quem demonstra alguma preocupação é
simplesmente conotado com alguma tendência).
O
cansaço apodera-se das pessoas, e quem combate tal mediocridade socioeconómica
por vezes, ao ver o seu esforço de forma inglória, tende a baixar a guarda e a
ser absorvido por esta capitalização do individualismo humano.
Já
não basta somente querer mudar, precisamos é de um país totalmente novo, com
novas oportunidades, novas tendências e novas perspetivas de futuro.
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