Isso já são muitos Milhões!
Em 7 anos
(2008 – 2015) Portugal já gastou em apoios sem retorno a “Bancos Falidos” mais
de 7.700 MILHÕES DE EUROS. Em
média, do Orçamento de Estado saíram cerca de 1.100 Milhões de Euros por ano
para suportar gestões danosas, pagamentos abismais de rendimentos de acionistas
e elevados prémios de administradores.
Em 2008, ano
em que se eclodiu a crise internacional do subprime, o Estado, pela voz do
Ministro das Finanças Teixeira dos Santos, decretava a nacionalização do BPN
numa operação que viria a custar aos cofres do estado um total de 2.700 Milhões
de Euros (até ao final do ano de 2014). Em 2014, de uma forma estranha e
macabra, a ministra das finanças Maria Luís Albuquerque anunciava a
“nacionalização não-nacionalizada” do BES, logo a seguir ao seu apoio
“incontestável” na sua solidez antes do aumento de capital. Um processo que
necessitou de uma injeção de liquidez na ordem dos 3.900 Milhões de Euros,
valores contabilizados até agora, de capitais públicos que segundo a anterior
governação não seriam suportados pelos contribuintes pois tratava-se de uma
operação com venda assegurada pelo mesmo montante (?!?). Dividindo o BES em
Banco Bom (que será supostamente privatizado) e Banco Mau (que ninguém sabe bem
ao certo o que ainda vai dar). Agora, em 2015, e apesar de ainda não estar
decretada falência, circulam rumores de uma nova divisão de um banco privado.
Um canal de televisão anunciava em rodapé de um jogo de futebol a “suposta”
decretada divisão do BANIF (que foi nacionalizado à 3 anos), onde o BANIF bom (que
seria absorvido pela Caixa Geral de Depósitos) e o BANIF mau (que certamente
teria o mesmo destino do BES mau, mas pior)! A informação de um possível “bail-in”,
ou seja, a utilização de depósitos superiores a 100.000Euros em capital por
forma a liquidar as dividas do BANIF, foi o “empurrão” que levou centenas de
pessoas a correr aos balcões do BANIF para resgatar as suas poupanças. O Estado,
que já injetou 1.100 Milhões de euros tem agora apenas duas hipótese, a
colocação à venda dos seus 60% ou integrar os ativos “bons” na Caixa Geral de
Depósitos (algo que só é possível com autorização de Bruxelas).
Estranho, é o facto da Banco de Portugal continuar
sistematicamente a cometer os mesmos erros, permitindo este ROUBO aos
contribuintes que no final serão aqueles a serem chamados para pagar, enquanto
os gestores e administradores destas três instituições ficam livres.
Mas no fim, no final de todo este processo, serão os
trabalhadores os principais prejudicados (não menosprezando as perdas dos
clientes), pois acabam por perder os seus postos de trabalho integrando uma
franja já de si elevada de desempregados sem qualquer esperança!
E nisto, o que me custa é ver 7.700 Milhões jogados fora ( o
BNP foi vendido por 40 Milhões ao BIC, ou seja, apenas 1,4% do valor que o
estado investiu, ficando a cargo dos contribuintes os restantes 98,6).
Assim não há “sobretaxas” que aguentem!
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