Vota!


Por esta altura estamos a muitos poucos dias de exercermos a nossa escolha sobre aqueles que representarão os nossos interesses em Assembleia Regional nos próximos quatro anos.

Nós, cidadãos, temos a obrigação de exercer os nossos direitos e contribuirmos através de sufrágio para a continuidade do exercício da democracia. É nosso dever como cidadãos livres, assumirmos uma posição (mesmo que secreta) através do voto, e independentemente da nossa escolha partidária, o ato de votar (mesmo que em branco), é o reconhecimento da nossa participação politica!

O preço a se pagar pela tua não participação na política é seres governado por quem é inferior” (Platão c. 428 – 347 a.C.)

Cada vez mais, o ato de participação ativa na politica é assumido como um ato mais condenatório que a própria criminologia em si. É certo, infelizmente, que são muitos os casos que dia após dia vão aparecendo pelos meios de comunicação social, atos criminosos de gestão danosa de recursos públicos, de corrupção, de criação de “jobs for the boys”, de desvios e autênticos roubos sobre os nossos ordenados. São inúmeros os casos que dia após dia vão aparecendo e que vão descredibilizando aqueles que “praticam a politica”. Mas em todo o caso, não podemos nunca “generalizar” essa posição a todas as pessoas que acreditam que podem praticar uma verdadeira e eficiente política.
É preciso que todos os cidadãos tenham uma vida ativa na politica. É importante estarmos conscientes sobre a nossa valia para o bem comum e contribuir para uma melhoria global. É preciso reconhecer que o nosso voto é importante e que somos nós os decisores soberanos sobre quem queremos que nos governe. É essa a beleza da nossa democracia, a de saber que a nossa posição conta para a decisão da escolha dos vários deputados que serão eleitos e que constituirão a próxima Assembleia Regional. Não votar, é destruir a nossa “palavra”, é deitar fora o nosso contributo que tanto custou a conquistar num passado que nem é tão distante assim.

O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem carácter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons!” (Martin Luther King Jr. 1929 – 1968)

Sempre que nos “desleixamos” sobre a vida politica, sempre que nos desleixamos sobre a nossa participação democrática e os nossos deveres cívicos deixamos de ter “poder” de apontar o dedo seja qual for o governo que governe. A nossa voz, o nosso poder, consiste na nossa participação, e só assim, com uma participação ativa, poderemos no final ser capazes de transformar o mundo, mesmo que seja começando com pequenas mudanças no nosso pequeno jardim.

O segredo da mudança é focar toda a nossa energia não em lutar com o antigo, mas em construir o novo” (Sócrates 469 – 399 a.C)

Não nos podemos prender aos erros do passado, mas também não nos podemos alienar deles. Os erros são peças importantes do caminho que a nossa democracia teve e tem de percorrer. Mas os esforços e as baterias devem estar direcionados para os longos e distantes caminhos que ainda temos de percorrer para atingirmos o verdadeiro conceito de democracia.

Uma sociedade só é democrática quando ninguém for tão rico que possa comprar alguém e ninguém for tão pobre que se tenha de vender a alguém” (Rousseau 1712 – 1778)


Em suma, a nossa importância e a nossa atividade política reside na nossa capacidade e “obrigatoriedade” de votar, é neste “ato” individualizado para o conceito de sociedade que efetivamente todos nós temos que nos debruçar. Nesse sentido, deixo o apelo a que no próximo domingo, dia 16 de Outubro, todos nós possamos dar o nosso contributo, demonstrando que nós, cidadãos, nos preocupamos com o rumo que queremos para os Açores!






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