Um acesso reservado que de tão reservado que é não tem acesso! *** [Atlânticoline | Cais da Madalena] ***
Nos últimos dias, surgiu no Cais
da Madalena um novo modelo organizativo/gestão de embarque de passageiros.
Agora, todos os passageiros cumprem criteriosamente uma fila única para a
validação dos seus títulos de transporte, quer sejam eles bilhetes individuais
querem sejam eles passes mensais.
![]() |
Passageiros a aguardar para procederem à validação do titulo de embarque - Cais da Madalena - 23/03/2017 |
Incrível é perceber que o propósito desta alteração, tal como foi dito por um dos
elementos que “veste” a camisola desta empresa a um dos passageiros, é que este novo modelo “serve para
aprenderem que os passes não têm prioridade”. O que leva a “supor” que o
modelo agora aplicado não tem em vista o melhoramento da acessibilidade mas sim,
um verdadeiro “tomem lá que é para verem quem manda aqui".
Mas, não querendo eu estragar
essa euforia de poder, deixem-me esclarecer uma coisa, isso da prioridade é algo que
todos nós (aquelas pestes que não têm mais nada que fazer da vida senão viajar
todos os dias com um passe mensal entre o Pico e o Faial) já sabíamos de antemão.
Isso para nós não é novidade! Mais, nós também sabemos que
os passes só podem passar num dos dois postos de validação dos títulos, e é por
isso e só por isso, que no terminal do Faial não procuramos a fila do acesso a quem tem títulos de transporte
de uma só viagem (os chamados “bilhetes”).
Até há bem pouco tempo, nós, “estas bestas que têm a mania que só por
terem um passe julgam que são mais que os outros”, entravamos pelo acesso que nos era
reservado (e que ainda hoje existe) e também cumpríamos a fila mesmo quando esse acesso era usado para os
restantes títulos de transporte, e espantem-se, nunca houve quaisquer motins nem quaisquer manifestações que suscitassem ações violentas, isto porque sabemos que não temos prioridade sobre nenhum outro passageiro.
![]() |
Placa de informação de um dos locais de validação de títulos de transporte - Cais da Madalena - 23/03/2017 |
O cerne do problema não é a questão de se ficar numa fila, o problema,
é não se compreender o motivo pelo qual o acesso que é reservado a títulos de
transporte mensal (passes) é agora dificultado a quem é portador efetivo desse título, obrigando-o
a ter de percorrer um labirinto de fitas que mais parece o próprio “Labirinto de Creta”,
para aceder a um acesso que mais ninguém, salvo raras exceções, usa!
Mas, no fundo, isto apenas é mais uma questão de bom senso e lógica de funcionamento e acessibilidades do que propriamente de direitos que acham que possamos nós querer exigir. No fundo, isto tem mais a ver com a "disfunção" da génese da criação de um acesso reservado que de tão reservado que é, não dá acesso aos seus utilizadores.
Porque aqui, e em boa verdade nasce um verdadeiro problema de desrespeito por quem utiliza este serviço quase todos os dias do ano.
Mas, no fundo, isto apenas é mais uma questão de bom senso e lógica de funcionamento e acessibilidades do que propriamente de direitos que acham que possamos nós querer exigir. No fundo, isto tem mais a ver com a "disfunção" da génese da criação de um acesso reservado que de tão reservado que é, não dá acesso aos seus utilizadores.
Porque aqui, e em boa verdade nasce um verdadeiro problema de desrespeito por quem utiliza este serviço quase todos os dias do ano.
****************************************************************************************************************
Falar da Atlânticoline já não é novo, aliás, já é tão habitual falar das constantes situações a que somos sujeitos diariamente que até parece “um ataque cerrado” da minha parte a esta empresa.
Mas não, acreditem que não é…
****************************************************************************************************************
Comentários
Enviar um comentário