Pico cresceu 10% nas dormidas do turismo no período entre Janeiro e Julho
De acordo com a última publicação sobre a atividade turística da
SREA, a ilha do Pico cresceu 10,4% no número de dormidas durante o período
compreendido entre Janeiro e Julho (2017) e quando comparado com o período
homologo. Ao todo, falamos de mais 3.138 dormidas do que no mesmo período de
2016.
A acrescentar, encontra-se também o facto do crescimento até
agora calculado corresponder a um aumento da receita total em cerca de 9.9%, o
que significa que não só cresceu na quantidade como também conseguiu manter a
sua “margem de receita”.
Apesar dos cerca de 10% de crescimento serem uma percentagem
bastante animadora, a verdade é que comparativamente com as restantes ilhas,
ficámos muito aquém dos 34.9% de São Miguel, dos 30,3% de Santa Maria ou dos
25,7% das Flores, mas também muito acima dos 0.5% das Flores ou dos -0.30% do
Faial.
Independentemente das médias percentuais de crescimento da
Região, o Pico continua a ser responsável por apenas 3.65% da receita global. À
sua frente, ficam as Ilhas com maior fluxo de transporte aéreo, nomeadamente,
São Miguel com 72,08%, Terceira com 13,36% e o Faial com 6,10%. São Jorge, a
ilha logo a seguir ao Pico (e que possui características idênticas) é
responsável por 1.40% da receita global.
A marcar a posição do Pico no segmento do turismo, temos o preço
médio por noite que é o segundo maior da região (em 2016 tinha o preço médio
mais alto) com a ilha de São Miguel a ocupar o primeiro lugar.
Isto tudo, numa ilha onde o número de disponibilidades de
lugares nos transportes aéreos diminuiu e onde teimam em criticar o modelo de
crescimento do turismo atualmente implementado. Onde teimam em querer alterar a
estratégia do investimento privado nos Alojamentos Locais e nos espaços de
Turismo Rural em detrimento de hotéis de maiores dimensões. Onde se teima em
afirmar que a Ilha do Pico é cara e que se devia diminuir o preço do destino.
Mas quem nos visita, quem compra o destino Pico continua a ter a
última palavra e ainda bem, pois mesmo com todos os condicionalismos até à chegada
ao seu destino, o Pico continua a estar na moda, e não é apenas pelos seus
tesouros naturais, mas principalmente, pelos tesouros culturais e sociais que
cada pessoa carrega no seu dia-a-dia e que fazem da estadia de quem nos visita
um momento único na vida!
Excelente análise e subscrevo por inteiro o último parágrafo!
ResponderEliminarHaja saúde!
Obrigado pelo teu comentário.
EliminarUm abraço