O problema de se voar para os Açores
Em voo desta terça-feira, os
passageiros que voavam para o Pico via Terceira foram “apanhados” com uma
informação de atraso de voo, contudo, os passageiros nunca perceberam muito bem
qual o motivo do atraso (e julgo que pelas informações prestadas nem os
trabalhadores da TAP sabiam muito bem do que se tratava). Ao todo, foram três
as justificações dadas, alteração de aeronave, motivos operacionais e,
espasmem-se agora, greve dos controladores aéreos em França! Mas pior que o
atraso, que já é um hábito de quem viaja para os Açores, foi a prepotência por
parte da TAP para com os passageiros que tentaram resolver o seu problema, uma prepotência
que foi verdadeiramente digna de registo. No meu caso, fiquei a saber que
afinal os “franceses” são donos disto tudo (expressão utilizada pela
própria funcionária da TAP quando inocentemente questionei o motivo pelo qual uma
greve em França afetava os voos em território nacional), e quando tentei
arranjar soluções, percebi com todas as letras que o interesse por parte desta
companhia era no fundo, nulo!
Mas mesmo assim não baixei os
braços, e tal como uma bola de ping-pong, corri de balcão em balcão (TAP – SATA
– TAP – SATA –TAP) para tentar arranjar um voo alternativo, resultado final foi
que essa correria serviu apenas para fazer um bocado de cárdeo pois quer a
greve, quer a alteração de equipamento, quer os motivos operacionais “são mais
fortes” que qualquer vontade de chegar ao destino, e como a culpa morre sempre
solteira, tanto a SATA como a TAP empurraram o problema entre si. No final, lá
fomos todos “obrigados” a fazer o check-in, e cabisbaixos, percorremos os “corredores”
da desgraça até ao nosso destino para ver os passageiros com destino a ORLY
(aeroporto francês) não sofrerem qualquer “cancelamento” ou atraso no seu voo e,
diga-se mesmo, que nenhuma das capitais europeias sofreu qualquer “interrupção”
no seu funcionamento.
Todos os voos operados pela TAP tinham
um “plano” e tinham novas marcações de horário, todos, menos o voo da terceira
que tinha um “horário indefinido” e “inconclusivo” de resolução. E até para
obter as informações, os passageiros tiveram que aguardar cerca de quatro
horas.
No fundo, a conclusão que posso
tirar disto tudo é que afinal o problema dos voos só pode estar no destino e
não nas companhias, é que infelizmente já começa a ser hábito um voo de Lisboa
para os Açores demorar tanto ou mais tempo que um voo para a Califórnia.
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