Pico Airways, a vontade particular de mais voos para o Pico!
No passado dia 05 de Outubro, dia
da implantação da República, os jornais anunciaram a criação da nova empresa
picoense, a Pico Airways Transportes Aéreos Lda, que tem como principal
objetivo promover o aumento adequado da oferta das acessibilidades aéreas à
ilha do Pico através da subcontratação de outras companhias ou empresas de
aviação. Desta forma, e mais uma vez como tem vindo a ser recorrente na
história desta ilha, o Pico volta a por as mãos ao trabalho em busca das
condições em que acredita estarem ao alcance e serem necessárias para o seu
desenvolvimento.
Mas, qual será o impacto desta
empresa para o desenvolvimento do Pico? Certamente esta será uma das maiores
interrogações que devem pairar atualmente na maioria das nossas cabeças, e
obviamente com toda a razão do mundo pois ainda nada é concreto e certo.
Numa primeira abordagem ao tema,
é possível verificar-se a necessidade imediata de arranjar parceiros
estratégicos para que esta operação seja passível de acontecer. E nesse caso, e
dadas as condições atuais da pista do Aeroporto do Pico, o conceito de
charters é sem dúvida a melhor opção possível. Assim, se esta abordagem
funcionar, e as parcerias resultarem num aumento da procura do destino Pico,
então, passar-se-á a ter mais opções de acessibilidades aéreas e
justificar-se-á sem qualquer margem de dúvida um investimento no aeroporto do
Pico que permita um maior e melhor fluxo de passageiros. Mas, se por outro
lado, a Pico Airways sentir dificuldades em arranjar parceiros estratégicos que
estariam interessados em oferecer essa escala mas que não o fazem por questões
de operacionalidade da pista, então, a força e o peso para invocar junto do
governo regional o tão aclamado aumento de operacionalidade do aeroporto do
Pico (vulgo, aumento da pista) será certamente maior e com outra preponderância.
Esta realidade se bem trabalhada pode ser uma
verdadeira opção “win win”, isto é, pode dar sempre um resultado positivo
independentemente da “porta” por onde se entra.
Mas no
final das contas uma coisa é certa, este exemplo, é só mais um das muitas vezes
em que o Pico demonstra a sua “independência” e a sua vontade de lutar e
crescer. É só mais uma das muitas vezes em que o Pico volta a afirmar-se e a
remar contra a maré.
Tudo muito bem dito! E porque somos tão brandos (aparentemente...) com os poderes instituídos?! Fica a questão.
ResponderEliminarSr. Artur XAVIER SOARES, antes de mais, o meu muito obrigado pelo seu comentário.
ResponderEliminarEssa é uma questão muito pertinente, à qual não poderei dar uma resposta concreta, podendo apenas dizer que por vezes a "luta" pode demorar anos a ser efetuada e pode muitas das vezes ser uma "luta" que até passa despercebida.
Um bem haja.