RTP Açores de costas voltadas à luta do Pico?
Ser jornalista é ter o dever de informar de acordo com a noção de
relevância, isto é, sobre o que o público considera importante ou até mesmo o
que a população precisa de saber independentemente da sua dimensão, pois é
através dos seus “veículos” jornalísticos que se conseguem informar as pessoas
que de outra forma não teriam acesso à informação.
Ao jornalista, cabe a si pesar os seus atos e as consequências dos atos
por si tomados não só revelando a sua importância na luta cívica, mas acima de
tudo, a sua imparcialidade jornalística. É aqui, através desta necessidade e
poder de determinar a “verdade”, que nasce em 1983 o Código Internacional de
Ética Jornalística que proclama que o dever supremo do jornalista é servir a causa do direito a uma informação
verídica e autêntica através duma dedicação honesta à realidade objetiva e duma
exposição responsável pelos factos no seu devido contexto.
Infelizmente, parece que esta não é a realidade que se verifica no
arquipélago dos Açores, mais especificamente nas ilhas do Triângulo, levando a
que os peticionários da Petição n.º13/XI – “Pelo aumento
das condições de operacionalidade do aeroporto da Ilha do Pico”
fizessem uma queixa ao provedor do espectador por sentirem que a RTP Açores
descrimina a luta do Pico pelo aumento da operacionalidade do seu aeroporto em
detrimento da luta semelhante na ilha vizinha, Faial.
Esta situação não é nova e tendencialmente, verifica-se que a Ilha do
Pico tem sido menosprezada nesta matéria, não só nos debates mas também nas reportagens
que a RTP Açores tem vindo a efetuar, com a gota de água a acontecer com inexistência
da reportagem sobre a discussão em plenário da Petição, quando no dia seguinte,
os jornais encheram o seu tempo com a discussão em plenário sobre o aeroporto
da Horta.
UMA VERGONHA!
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