O Turismo não são apenas aviões!
Nos últimos anos, muito se tem lutado para melhorarmos as condições de
operacionalidade da pista do Aeroporto do Pico, para aumentarmos o número de
voos territoriais e interIlhas , e até mesmo, para melhorarmos as condições de
acesso aos voos no que concerne à comparação de preços de voos em rotas
similares.
Mas de que vale lutar com todas as nossas forças para aumentarmos o
acesso à Ilha Montanha ou para melhorarmos a qualidade dos Alojamentos Locais e
de Turismo Rural, se no final falhamos com o resto?
Infelizmente, continuamos a sentir uma necessidade imensa em darmos o
“click” no que concerne à industria hoteleira/restauração. Urge, termos
profissionais preparados e formados para “promover” os nossos produtos, os
produtos produzidos no Pico.
Não podemos correr o risco, tal como já presenciei, de vermos um casal
de turistas em pleno restaurante conceituado na Madalena, e depois de provarem
o queijo com mel, questionarem se o queijo que acabaram de comer era o “famoso”
queijo do Pico e a funcionária do restaurante responder “Oh Senhor, isso é mas é queijo do
Alfredo!”.
Sim, é verdade, aquele até podia ser o queijo da fábrica do “Alfredo”,
mas podemos sempre embelezar o produto, explicar o queijo e “vender” aquilo que
de bom se faz no Pico.
Também não nos podemos esquecer da “arte de bem receber”, e quer-se
queira quer não, o ramo da hotelaria / restauração é a porta de entrada para o
mundo gastronómico do Pico.
Não nos podemos dar ao luxo, de quem no visita, e depois fazer o
percurso das Lagoas (em direção à Terra Alta), chegar a um restaurante na
Piedade às 13H15m para comer um “belo peixe fresco” e a funcionária dizer que
já não pode servir comida porque “Além de já não serem horas de almoçar, a
Cozinha já está limpa e arrumada”, ainda para mais, quando o horário de
atendimento exposto na porta de entrada é das 12H00m às 14H00m.
É óbvio, que nenhuma destas situações é maldade ou má fé de quem esta a
trabalhar arduamente para sustentar a família,
mas é também visível que estas situações demonstram firmemente a
necessidade de “formação” para que o Pico possa dar mais esse salto qualitativo
no que concerne ao sector do Turismo, ainda para mais, quando este cresce de uma
forma exponencial.
É que não nos vale de nada exigir mais voos, mais alojamentos ou camas
se no final de contas, depois não conseguimos oferecer a qualidade que o
Turismo do Pico merece e que deve ser empregue para que nos continuemos a
destacar. E esse é o Click que nos falta, é que de resto já temos tudo, bons
produtos (peixe, carne, legumes e fruta), um bom ambiente, pessoas simpáticas e
uma paisagem mágica, condições que por si só, já fazem do Pico uma ilha
especialmente fantástica!
Subscrevo!
ResponderEliminarExcelente artigo!
Haja saúde!
Obrigado Ivo,
EliminarUm abraço!