A Mesa das Lajes do Pico venceu e venceu muito bem!




A Mesa da Vila das Lajes do Pico foi eleita uma das 7 Maravilhas à Mesa e só por isso, já devia ser um motivo para podermos ostentar com orgulho o nome das Lajes do Pico. Um orgulho que deveria ser acrescido quando sabemos que foram mais de 250 candidaturas entregues para seleção em todo o território nacional e que das 49 pré-selecionadas sete eram açorianas.


Eu sinto-me orgulhoso, votei e vivi cada gala como se de uma final de um mundial se tratasse. E sim, também festejei quando vi o envelope abrir e a sair de lá de dentro o nome das Lajes do Pico. Principalmente, porque acredito que o concelho já merecia há muito tempo uma distinção nacional, quiçá, quase como que uma prova que este é um concelho único. Senti-me orgulhoso, como poderia não me sentir ao saber que foi o concelho das Lajes do Pico que trouxe mais uma distinção eterna das 7 Maravilhas de Portugal para os Açores e para a Ilha do Pico (a primeira foi quando a Montanha do Pico foi considerada uma das 7 Maravilhas de Portugal, na categoria de Grandes Relevos). Tenho obviamente que sentir orgulho, ainda para mais, quando a mesa conseguiu englobar um conjunto de tradições que não foram apenas as tradições gastronómicas, mas sim, factos históricos da cultura de um povo que durante anos viveu autenticas odisseias.

Se vivi as galas intensamente? Claro que vivi! Vivi-as principalmente porque antes da mesa nascer já a davam como perdida, já a davam como um verdadeiro erro e como se de um falhanço monumental se tratasse. Vivi-as, porque mesmo depois de passar a primeira gala, muitos foram os arautos da desgraça que publicamente decretavam a sentença de morte a uma mesa que “apenas” por mera sorte havia passado, mas que no final, felizmente, passou com distinção máxima!

Com a passagem à final, surgiu a possibilidade das Lajes do Pico receberem a gala preparatória da final das 7 Maravilhas à Mesa, uma gala que permitiu que o concelho das Lajes do Pico pudesse promover toda a Ilha do Pico durante quase um dia inteiro, sem interrupções nos programas da RTP1 e da RTP Internacional. Só isto, já é um prémio enorme, e as empresas que tiveram a sorte de participar nos programas só podem estar satisfeitas, pois a publicidade foi imensa e com ela receberão certamente os “benefícios” da sua participação. Um programa que serviu como uma verdadeira arma de marketing para o destino turístico “Pico”.

Mas nem tudo é simples, e obviamente que esta distinção trás consigo um peso enorme que deve ser acompanhado de uma responsabilidade implícita, uma responsabilidade de incentivar e “fomentar” o processo “evolutivo” e revolucionário da restauração da Ilha do Pico, ainda para mais, porque agora “as luzes da ribalta gastronómica” estão com os seus olhares atentos e abertos no concelho das Lajes do Pico.

A Mesa da Cultura da Baleia das Lajes do Pico venceu “sem espinhas” um galardão que é sem sombra de dúvida importante para o concelho, para a ilha e também para os Açores, pois caso contrário, não tinha havido tantos concelhos a concorrer. E perceber que mesmo assim existem pessoas que menosprezam o feito em detrimento de outras questões, e que em nada são comparáveis, apenas me apraz dizer que a partir daí, “o resto é conversa”.



Post Scriptum:
- Artigo de Opinião publicado no Jornal o Dever do dia 27 de Setembro de 2018.

Comentários

  1. Mereceu e muito bem! Representou muito bem o Pico e os Açores. As Lajes tem sido muito castigada com tudo o que é negativo e este prémio é para mostrar que consegue ser pelo contrário até a melhor!Parabéns!

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  2. Obrigado pelo teu comentário Luís Ferreira!
    Um bem hajas!

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